segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Flores.



Outro jovem se suicidou na universidade onde eu estudo. O segundo desse ano e creio que o segundo de mais alguns que virão...
Não ignoro a dor das pessoas que estão sofrendo com a perda dele e até me sensibilizo. Mas isso me parece tão egoísta no fim das contas. Por que ele deveria continuar a viver se dentro dele, ele sentia que não deveria? Quem somos nós para impor a vida a alguém? Será que não foi melhor que ele tem terminado sua própria agonia do que viver como um morto-vivo? Não conhecia o rapaz, mas, de repente, me sinto extremamente íntimo dele. A morte tem dessas coisas, né? Apesar de não saber o motivo que o levou a se matar, eu me reconheci na sua dor. No ato extremo de chegar ao extremo. 
Isso me levou a refletir sobre outra coisa também: a gente se acostuma a render homenagens apenas quando perdemos as pessoas. 
Estranho isso, não? 
São tantos os apelos silenciosos  que as pessoas dão todos os dias e ninguém percebe? Por que então somente dar rosas depois que o corpo já não tem mais vida? Por que não se preocupar, dizer um "te amo", um abraço quem sabe, quando o corpo ainda tem vida? 
Eu posso está parecendo um tanto frio nesse caso e não quero que assim pareça. Só quero deixar aqui a reflexão: como estamos cuidando de quem amamos? 

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