quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

sobre pessoas que marcam

Ainda ontem conversava com um antigo professor meu de literatura a quem já tive uma queda/paixão platônica. Ele me disse que ia embora para o estado dele cuidar da mãe e continuar seus estudos acadêmicos... Que sensação engraçada aquilo me causou!
Talvez um revival do sentimento e desejo de outrora que me assaltou com quem toma a força algo. Nunca tinha parado de fato para pensar o quão significativa tinha sido a presença daquele ser na minha formação enquanto pessoa. O segundo homem que desejei em carne e luxúria.
O homem que me mostrou a poesia, o homem que ensinou a literatura e me mostrou várias facetas do mundo. Um menino de dezembro.
Uma pena que precisei que ele fosse embora para me dar conta disso rs.
Eu e o meu fraco por poetas e professores de literatura.

os rapazes de dezembro

Os rapazes de dezembro são os piores.
Daqueles que você se envolve nem sem perceber o porquê.
Ladinos e riso fácil, cheio de ideias revolucionárias e libertários.
Daqueles que gostam e gozam a liberdade,
Os rapazes de dezembro são aqueles que tem um charme descompromissado...
Boêmios...
Daqueles dos quais me entreguei inúmeras vezes e foram inesquecíveis
Os rapazes de dezembro sempre marcaram meu desejo e pensamento
Me pegaram de calças curtas e me deixam desnorteado.
Ah os rapazes de dezembro...
Quem dera soubessem que sou admirador cativo deles
Que me perco em seus sorrisos e risadas fartas
Ah, rapazes de dezembro, parem de se divertir as minhas custas!
Parem de brincar meu tesão e sentimento!

Menino de dezembro...
"Calor que provoca arrepio"
Quem dera me quisesse para ser teu cavaleiro de histórias imemoriáveis
Quem dera quisesse-me para ser teu companheiro das mais loucas aventuras...
Vivo o sentimento em pensamento
Dada a impossibilidade de vivê-lo em paixão e volúpia.
Ah, menino de dezembro...
Até quando ocuparás meu coração vadio sem pagar aluguel?
Até quando?

domingo, 21 de fevereiro de 2016

11° Mandamento – ouvirás pop mas também problematizarás


Bom, quem acompanha o cenário do mundo pop sabe que essa semana saiu o resultado do processo movido pela cantora/hitmaker Ke$ha contra seu produtor o Dr. Luke (que assim como o Lars Von Trier – cineastra – é mundialmente conhecido por ser um machista arrogante e, por falta de palavra melhor, um cavalo com quem trabalha com ele - um capitalista típico) sob a alegação que ele teria abusado física e psicologicamente da cantora e este não foi muito positivo para ela. Infelizmente, ela não conseguiu quebrar o contrato e está ligada ainda ao tal rapaz e impedida de utilizar seu meio de sobrivência e trabalho que é a própria voz. Isso deu muito o que pensar, como por exemplo, o quanto que essas moças (digo moças porque em sua maioria são mulheres, divas pop) que ingressam no mundo do mercado pop americano sofrem. Digo mais, poderia traçar tranquilamente um paralelo com a prostituição. Distituídas de autonomia e totalmente mercatilizadas, a ponto de perderem direito até mesmo a própria identidade. Imagino o que a Ke$ha deve está passando no momento, uma vez que foi “vendida” ao Dr. Luke aos dezesseis anos e é provável que não tenha construído nenhuma outra alternativa de carreira. Vi alguns comentários de algumas pessoas descaracterizando o caso e fazendo piadas a cerca disso; que música pop não é música, é apenas comércio. E a maioria das pessoas que fizeram esses comentários eram LGBTS. Concordo em partes com a parte de que a música pop é comércio, mas ainda assim há o fato humano, há o artista! Claro que o mesmo machismo que ela está sendo vítima no momento não é o mesmo que sofrem as companheiras negras e trans no cotidiano e enquanto ela somente “perdeu a voz”, tem companheiras perdendo a vida... mas ainda assim é machismo! Mesmo ela sendo privilegiada por ser branca, ela ainda é mulher. Fico pensando no quanto que tá faltando de empatia nas pessoas. Fico pensando também onde é que nós, problematizadores, que disputamos esse espaço ideológico do facebook estamos errando.
‪#‎FreeKesha‬ 

Para o meu/minha/s próximo/a/s companheiro/a/s


Olá rapaz/moça/s, tudo bem?
É provável que tenhamos nos acabado de conhecer.., Numa balada, numa festa, num reggae, num sarau, na rua, no Tinder, no Scruff, no Badoo, no Bate-papo Uol, etc. É provável que algumas expectativas silenciosas tenham pairado em nossas mentes e um pacto silencioso tenham sido selado no momento em que nos beijamos ou abraçamos ou transamos. Dessa emoção gostosa que é estar apaixonado, cada um de nós deve ter traçado planos impossíveis de serem cumpridos respeitando as leis da física mas que nos dá aquela velha sensação de aconchego.
Você deve ter reparado no modo com eu sorrio para aliviar a tensão, hábito esse que estou tentando superar. Eu reparei no modo como se senta ou cruza as mãos; a linha que sua boca forma quando tenta esconder o sorriso ou modo que seus olhos brilham quando você está um pouco  ébrio/a. Tenho que confessar que esses pequenos detalhes são irresistíveis em você. O modo como você passa a mão sobre os cabelos ou fica desconcertado quando eu lanço um elogio utilizando do velho charme dos nascidos sob o sol em Leão. Não sei se você é ligado/a em astrologia, mas eu adoro esse assunto e antes que eu me esqueça: tenho Vênus em Virgem na casa III.
Sou ligado e apaixonado por detalhes. Tenha certeza que eu já investiguei toda a sua vida  e se eu retribui seu “oi” desajeitado do outro dia foi porque eu realmente quis. Sou complicado, multiplo, cheio de meandros e melindres, sincero, romântico, insistente, acredito no poder do diálogo, disposto a chegar a denominadores comuns, sangue quente, apaixonado e cheio de defeitos. Defeitos esse que não procuro usar como desculpas para as minhas besteiras. Defeitos esses que não vou e nem quero colocar nas suas costas, apenas coloco-os nessas linhas para que não haja um “eu não sabia que você era assim” ou “que decepção”. Sou um ciumente em desconstrução. Sentimento esse que já azedou muitos relacionamentos,  mas não quero que continue assim. Sentimento esse que surge no momento em que perco a confiança na pessoa. E confiança para mim é extremamente necessário.
O que posso dizer mais?
Tenho o coração um pouco endurecido pelas quedas da vida, que apesar da pouca  idade, vivi bastante e tanto mais tenho para viver. Perdoa minhas crises de pessimismo. Perdoa minha falta de fé e desconfiança de algumas coisas – são momentos de céu nublado aos quais, talvez pela idade ou pela sempre presente auto – cobrança, aparecem e creio serem necessários para que eu descubra minha própria força. Novamente: estou descrevendo essas coisas não para que sejas passivo/a em relação a elas nem quero colocá-las sobre seu colo para que desarme essa bomba – apenas para seu prévio conhecimento.
Busco parcerias, pessoas que voem junto, aventuras, troca de ideias, longas conversas, diálogo, alegria, prazer, novidades e companheirismo. São requisitos meio exigentes de minha parte, reconheço, mas reconheço também a capacidade de evoluir-mos junto/a/s! Tudo a seu  (nosso) tempo... A nossa configuração relacional pouco importa, podemos ser abertos, fechados, permeáveis, apenas que tenhamos conciência de nossos acordos, afinal, isso é um contrato social. Mais que conscientes, gostaria que nunca aprendêssemos a mentir para o outro. Lealdade é mais bonita que fidelidade e o que é combinado não sai caro.
Espero não ter afujentado você com tantas exigências, mas gosto das coisas às claras.
Espero não magoá-lo/a/s. Espero ser capaz de dar tanto amor quanto eu recebo e que nosso jardim esteja sempre cheio de borboletas, como diria Manoel de Barros.  E esteja certo/a que eu gosto de cuidar de jardins...
No mais, saiba que meu amor mora nos detalhes. Esteja atento a eles. Sou fácil de ser conquistado. Melhorarei a cada dia e procurarei vencer meus defeitos, para que a você reste apenas o melhor de mim.

Sinceramente seu,

Uigue.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Por que você cortou o cabelo?


"Raspar a cabeça é um momento de purificação e o modo de fazer a pessoa renascer, se preparando para receber sua divindade"
+: receber minha verdade, a mudança, deixar âncoras e grilhões para trás.
e teje dito.