quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

If you wanna stay...

... just stay.
if you wanna go, just go...
Anyway...
I don't wanna fight no more.

recado dado.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Corvo, Edgar Allan Poe






Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
“Uma visita”, eu me disse, “está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais.” 
  

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu’ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P’ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais! 
  

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
“É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais”. 
  

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
“Senhor”, eu disse, “ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi…” E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais. 

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais. 

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
“Por certo”, disse eu, “aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.”
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
“É o vento, e nada mais.” 

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais. 

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
“Tens o aspecto tosquiado”, disse eu, “mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.”
Disse o corvo, “Nunca mais”. 

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome “Nunca mais”. 

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, “Amigo, sonhos – mortais
Todos – todos já se foram. Amanhão também te vais”.
Disse o corvo, “Nunca mais”. 

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
“Por certo”, disse eu, “são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp’rança de seu canto cheio de ais
Era este “Nunca mais”. 

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu’ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele “Nunca mais”. 

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo one ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais! 

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
“Maldito!”, a mim disse, “deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”. 

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, “Nunca mais”. 

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Édem de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!”, eu disse. “Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”. 

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á… nunca mais!

Antes de ir

Não quero mais brincar dessa brincadeira de machucar meu coração.

:c

hoje.

Acordei hoje com o coração pesado.
Não sei explicar o que eu tô sentindo só sei que... não queria sentir isso.

É necessário...

Pensamentos Paralelos

- Caroline Brandão




domingo, 18 de janeiro de 2015

Insegurança

Onde já se viu? Um leonino com ascendente em Gêmeos e Lua em Áries ter uma autoestima tão baixa?!

Se acalma, Uigue, as coisas são assim mesmo como você está vendo...

O Silêncio pt. 3

O silêncio de quando estou sozinho é aquele que eu mais gosto mas também é o que mais me oprime;
É o silêncio do grito calado.
É o silêncio do quarto fechado, do coração massacrado...
É o silêncio das palavras não ditas.
Do amor não vivido... idealizado-o-o-o.
Silêncio da canseira.
Silêncio dos Inocentes.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

How beautiful could a being be?

Cuida bem da tua forma de ser
Amanhã o dia vai ser diferente de outro dia. 

(...)

E no fundo, bem no fundo
Você sabe como 
Isso é legal
Ver alguém que entenda essa sua transição
How beautiful could a being be?
 - Tulipa Ruiz





quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Constatação

Oh a vida como é comigo. Mercúrio é o que cuida do intelecto no mapa astral e o meu é num signo ligado a emoção (câncer) e vênus é o que cuida do amor e o meu está num signo extremamente racional (virgem). Conclusão: eu sou um bug astrológico-  o que é pra pensar eu sinto e o que é pra sentir eu penso!

No fim, todos mentem.

Toda percepção que temos do outro é só isso: percepção.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Silêncio pt. 2


Silêncio!
Ouve apenas tua voz interior.
Recorda o primeiro instante:
estamos além das palavras.

- Rumi

Sem título.

Eu odeio você.
Odeio você quando vejo meus olhos marejados de lágrimas.
Odeio você quando sinto essas lágrimas que não tem validade alguma.
Odeio você quando eu o ouço dizer coisas que são sérias e você encara como levianas.
Odeio você quando ouço da sua boca o mesmo argumento: "eu estou te prendendo?"
Odeio você quando eu penso o quão cego você é.
Odeio você quando eu percebo que luto em vão.
Odeio você quando eu caio na sua armadilha de amor.
Odeio você quando eu me perco na minha raiva e não consigo rebater suas acusações levianas.
Odeio você quando eu não consigo retirar esse poder que eu te dei sobre a minha vida.
Odeio você quando eu sinto que te amo.
Odeio você quando eu lembro que te amei.
Eu odeio você por me fazer sentir menos que nada.
Aproveite-me no chão, pois quando eu me levantar...


"Me balança mas não me destrói
Por que chumbo trocado não dói
Eu não como na mão de quem brinca com a minha emoção"



"Por que você não vai embora de vez?
Por que não me liberta dessa paixão?
Por quê?
Por que você não diz que não me quer mais?
Por que não deixa livre o meu coração?
Mas tem que me prender
Tem que seduzir
Só pra me deixar louca por você
Só pra ter alguém que vive sempre ao seu dispor
Por um segundo de amor"

- Alcione

E o balde...

... continua a transbordar.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Não como na mão de quem brinca com a minha emoção.

Cada dia você faz eu me importar menos com você.

" Me balança mas não me destrói Por que chumbo trocado não dói
Eu não como na mão de quem brinca com a minha emoção
Sou mulher capaz de tudo pra te ver feliz
Mas também sou de cortar o mal pela raiz"
- Alcione

O Silêncio.

Meu silêncio diz muito sobre mim.
É o silêncio que anuncia a tempestade.
Silêncio que anuncia o nascer do sol.

Silêncio do espaço entre uma gota e outra num vazamento.

É silêncio da dor.

É o silêncio da mágoa.
É o silêncio da tristeza.
É o silêncio do cansaço, silêncio de quem cansou de dizer coisas em vão; silêncio de quem cansou de lutar.
É o silêncio das palavras não ditas.
É o silêncio do choro silencioso.
É silêncio de quem prefere se machucar a machucar o outro.
É o silêncio de uma mente pertubada.
É o silêncio sequioso de paz.

Missing pieces.

A saudade me visitou hoje. A saudade de tempos imemoriais, saudades de um tempo que não volta. Saudades do amigos que se foram. Amigos que foram pra longe e do amigo que se foi. Saudade do meu muro das maravilhas, saudades do meu mundo de maravilhas. Saudades...

Acuado.

Animal acuado só age de duas maneiras: atacando ou fugindo.
A única vontade que eu tenho é de ir embora, me jogar no mundo.
Recomeçar - apagar, resetar
Renascer
Vontade de abraçar o infinito.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Sonhos

Obatalá criou o homem e todos os seres viventes. Foi dada a Humanidade a capacidade de pensar e não tinha um momento que o homem parasse de pensar e isso o fazia definhar. Certa feita, Oxalá foi consultar Ifá, que o aconselhou a procurar a Virgem das Matas - Yewá.
Uma vez consultada, Yewá começou a trabalhar e como o mistério é seu axé, criou algo que pudesse melhorar a situação.
Fez o homem conhecer o medo e a dor.
O homem agora pensava ainda mais e estava assustado. Então, para desfazer o erro, Yewá criou o sonho.
E o homem voou, amparado pelos sonhos. E o homem gostou de voar.
E o homem dormiu. E o homem sonhou.
Então o homem não era e não seria mais o mesmo.

Asé!

ocê e eu



Vira eu, vira maluco
Vira eu, vira um doido
Vira eu, vira que eu gosto de virar ocê
Me mata, mata ocê
A gente nasce todo dia é pra viver melhor.

- Scambo

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Pingueira.

Ãs vezes, vaza tanto que perde conteúdo.
Pingueira assim sem graça; um tédio.
Tanto tédio que a gente prefere nem mais tentar conter.