sábado, 1 de junho de 2013

Partidas.

Se fosse possível adicionar uma trilha sonora, creio que seria "Good Luck" da Vanessa da Matta e do Ben Happer. Clichê, eu sei, mas, sem sombras de dúvidas, era a que melhor se encaixava.

"É só isso, não tem mais jeito; acabou, boa sorte"

Eu tinha os meus motivos. Não sei se os melhores e mais justos, mas meus. Todo aquele vórtex emocional para o qual eu estava sendo tragado estava me matando fazia algum tempo. Já dizia o Pequeno Príncipe que "você é eternamente responsável por aquilo que cativas" e eu tinha me tornado responsável por ele. É inegável os sentimentos que eu tenho em relação a ele e o quanto significou. Acontece que, no momento, eu não posso ser "de alguém", "para alguém". Infelizmente, é assim.
Meu coração, já remendado pelas feridas anteriores, se comprimiu e implodiu ao ver a expressão dele e a pergunta "por que isso?". Por que isso? Eu não sei. Mas sinto que deveria fazer o que fiz.
A chuva caía impiedosa e indiferente ao que se passava. Ou talvez até os céus sabiam o quanto foi difícil tomar a decisão que tomei.
 Não vou esquecer suas últimas palavras para mim "Eu só queria que você vivesse, Uigue... Eu sinto que você não sabe viver o momento, vive e depois se martiriza por isso."
Bem, talvez seja isso.


Abracei-o uma última vez e senti que talvez tivesse cometendo um erro. Mais um erro cometido para proteger os sentimentos de outra pessoa e os meus sentimentos também.
Esse negócio de relacionamento é uma droga.
E eu meio que já sinto sua falta, R.

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